segunda-feira, 30 de abril de 2007

Quadrinhos / Filmes





Por: Marcus Toledo


O mundo dos quadrinhos nunca esteve tão participativo na mídia quanto está hoje. Com a ascensão da tecnologia gráfica, praticamente todas as histórias em quadrinhos (em especial a de super-heróis) tem potencial para ter a sua versão cinematográfica. No passado já tivemos alguns filmes baseados em histórias em quadrinhos, mas a tecnologia da(s) época(s) não proporcionava(m) a fidelidade necessária para se tornar um verdadeiro sucesso.

Hoje a história é completamente diferente. Com o mundo dos efeitos especiais terem conquistado um espaço na mídia a ponto de ser algo necessário em um filme de grandes proporções e com a sua evolução técnologica exponencial, a barreira finalmente foi quebrada em meados do novo século com Blade (1998) e X-Men (2000). O mundo estava preparado para o novo nicho de mercado cinematográfico.


No segundo semestre de 2001 estava em exibição nos cinemas o primeiro trailler de Homem-Aranha (Spider-Man) onde mostra um grande helicóptero sendo preso por uma teia gigante feita de uma ponta à outra no World Trade Center. No entanto após os atentados de 11 de Setembro, foi decidido que esta cena seria cortada do filme. Pode parecer cruel mas provavelmente um dos motivos da popularidade dos filmes de super-heróis tenha sido o próprio atentado de 11/9.

Após o ataque terrorista mais marcante dos EUA, a população se sentiu frágil e desprotegida. Como os filmes americanos representam uma boa parte de sua divulgação nos outros países e no próprio Estados Unidos, foi quase que "desejado" que os super-heróis existissem de verdade. Com isso e com o novo acervo tecnológco concedido ao cinema foi apenas a questão de um passo para a criação de super heróis, existentes apenas nos quadrinhos para os filmes, de maneira tão real que poderia dizer "nossa, realmente ele existe", principalmente os existentes em Nova York (Homem-Aranha, Demolidor, X-Men, Elektra, Quarteto Fantástico, etc) .


Com esse novo mercado disponível praticamente todos os quadrinhos (famosos e não famosos) estão fadados a terem uma versão de suas histórias convertidas em filmes, algo que é muito bom para o universo das HQ's, Mangás, Livros como O Senhor dos Anéis e Harry Potter entre outros que podem representar essa mídia que está em sua segunda Era de Ouro.

Flow ae!

domingo, 29 de abril de 2007

Domingo de Conto










por Danilo Cecconi




Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925.

Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.Vem daí o rigor, que beira a obsessão.

O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo.

A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

(Resíduo)

sábado, 28 de abril de 2007

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band








Por Jonas Souza




Em 1º de junho será comemorado os 40 anos do lançamento do álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", disco dos Beatles que transformou em linguagem global a revolução do amor e o otimismo do esplendor criativo da psicodelia dos anos 60, graças a um milagre de inspiração que concentrou numa única obra a liberdade musical, técnicas revolucionárias de gravação e uma abertura coerente em direção a novos horizontes musicais.

Considerado como o ápice da carreira dos Beatles, 'Sgt Pepper´s Lonely Hearts Club Band' partiu de uma idéia de Paul McCartney em gravar um disco conceitual, em que os próprios Beatles emprestariam seu talento e sua imagem à uma banda fictícia - 'A banda do sargento Pimenta' (Sgt. Pepper). Hoje parece loucura, mas em 1967, o ano do 'Summer of Love', dos hippies, do LSD essas 'viagens' eram normais... e muito do que aconteceu neste ano se deve ao lançamento deste disco.

'Sgt Pepper´s' foi o primeiro disco dos Beatles a ser gravado com tempo... e calma. Em 1966 o grupo havia decidido a não fazer mais turnês, e a partir da 2ª metade deste mesmo ano, todos tiraram férias e não lançariam o 2º disco do ano, o subsequente ao "Revolver". Em vez disso, resolveram trabalhar com calma no que seria o 'Sgt Pepper's'.
As gravações começaram em Dezembro de 1966 e só terminariam em Abril de 1967. Além de todas as músicas do álbum, mais 3 foram gravadas. 'Strawberry Fields Forever', 'Penny Lane' e 'Only a Northen Song'. 'Strawberry Fields' e 'Penny Lane' foram lançadas como um single e não foram incluídas no disco. Já 'Only a Northern Song' só foi lançada na trilha de 'Yellow Submarine'.


A capa do disco é também um caso a parte. Vindo de uma idéia de Paul McCartney, mostra os Beatles vestidos com roupas militares, e com um novo visual - todos de bigodes, sob o conceito de que eles são a banda do Sgt. Pepper. Ao fundo, inúmeros rostos famosos escolhidos a dedo por eles, como Bob Dylan, Tony Curtis, Marilyn Monroe, Marlene Dietrich e o Gordo e o Magro. A figura de cera dos Beatles foi tomada emprestada do museu de Madame Tussaud. Peter Blake, um artista plástico tomou cargo da montagem do cenário e Wendy Moger teve a árdua tarefa de pegar autorização das celebridades para deixarem usar sua imagem na capa do disco. "Sgt Pepper's" foi pioneiro em ser um dos primeiros discos a conter as letras das músicas impressas (isso era raro na época por causa dos direitos autorais). Também conteve um colorido protetor de papel para o vinil, e um brinde com várias figuras para serem recortadas, inclusive um bigode de papelão.

Foi também exaustivamente dissecado durante a história de que Paul McCartney havia morrido, e além de várias trucagens de estúdio, conteve ainda uma homenagem aos amigos caninos: uma frequência tão alta no final do disco, que só os cães poderiam ouvi-la.

Talvez o disco não contenha um grande número de hits como Help! ou A Hard Day´s Night, mas o disco é o que é pela concepção. O disco todo foi feito em cima de um conceito e várias faixas são coladas, sem interrupção, fazendo dele talvez o primeiro disco progressivo de rock e o mais importante de toda a história do Rock.

Divisor de águas da música pop, nada seria igual, antes ou depois de 'Pepper' - até os Rolling Stones se apressaram em copiá-lo. E o mais fantástico de tudo é que todo o álbum foi gravado em apenas 4 canais ( hoje se usam até 72... sem os mesmos resultados ). Óbviamente além do talento de John, Paul, George e Ringo, muito se deve ao trabalho de George Martin.. "Sgt Pepper´s" foi um salto na indústria fonográfica. Nenhum disco venderia naquela época tanto quanto ele. Chegou ao 1º lugar nas paradas inglesas em 31 de Maio, ficando aí por 22 semanas. Nada mal para um grupo que dizia-se estar em decadência por parar de fazer turnês.

John Lennon disse uma vez que antes de Elvis não existia nada. Depois desse album, depois dos Beatles... tudo era simplemente possível.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Route of All Evil Tour - Aerosmith - 12/04/2007





por Jonas Souza

Meio atrasado, mas antes tarde do que nunca, sai uma pequena opinião do que foi o show do Aerosmith para mim.




O Aerosmith veio ao país com a turnê "Route of All Evil". Além do vocalista Steven Tyler, fazem parte da banda os guitarristas Joe Perry e Brás Whitford, o baixista Tom Hamilton e o baterista Joey Kramer. A banda de abertura foi o Velvet Revolver de três ex-Guns ‘n’ Roses sendo o mais notório o genial guitarrista Slash. As primeiras informações dizem respeito a compra de ingressos, que pelo menos para nós não foi bem simples (não pegamos nem fila). A meia entrada acabou dois dias depois que começou as vendas, um tempo bem maior do que por exemplo, a loucura que foi a vinda do U2 aqui no ano passado.

O próximo passo foi à fila para entrar no estádio do Morumbi, onde aconteceu o show. Cheguei às 10h da manhã e após uma pequena procura para descobrir qual seria a fila que deveria ficar me recostei próximo a um muro e lá fiquei até meus amigos chegarem. Fiquei meio espantado, pois a fila não estava tão grande quanto eu imaginava. Às 17h os portões se abriram revelando o palco e toda a estrutura montada para o show. Meus amigos e eu corremos como doidos para pegar um bom lugar e quando lá chegamos, não acreditamos o quão perto estávamos do palco e conseqüentemente dos artistas quando eles começassem a se apresentar. O que não sabíamos era da nova espera que teríamos que agüentar.

Em pé milhares de pessoas começaram a esperar o show, passando calor, sede, fome, e cansaço... Muito cansaço, até porque algumas pessoas tinham passado a noite à beira do estádio para ver esse show. Às 20:30h começou a garoar para o prazer de todos que com isso, poderiam se refrescar e “beber água”. O que ninguém esperava era que com a chuva começassem a desmontar os aparatos do show. Afinal, o palco era coberto! Uma vaia sonora foi seguida a isso.

Às 22h, depois de cinco horas de espera em pé começa o show de abertura do Velvet Revolver. Pessoalmente, não gostei muito, só valeu pelo Slash, até porque eu não conheço muito essa banda.

Ao final do show do Velvet uma nova espera e finalmente, aos primeiros acordes de “Love in Elevator” o Aerosmith começa a tocar. O aperto absurdo aumentou (nunca mais reclamo da quanto estiver na estação de metrô Sé). Durante cerca de uma hora e meia a banda tocou sucessos da sua carreira, como "Sweet Emotion", "Janie's Got a Gun", "Walk This Way", "Livin' on the Edge", "Cryin" e "Dream On", entre outras, além de algumas novas canções.

Para mim o ponto alto foi com “Janie’s...” e “Livin’on...” que são as minhas favoritas da banda e vieram em seguida. A performance de palco deles é assombrosa e Steven Tyler é onipresente. Esboçando palavras em português, chamou o público para si e obteve uma resposta positivissíma. Principalmente quando tocou I Don't Want To Miss A Thing, grande vedete da noite, pois é a famosa musica da trilha sonora do filme Armageddon.

Em suma ótimo show, valeu a pena passar por tudo e tomara que eles voltem logo, ou um dia eles voltem. Nota 1000

quinta-feira, 26 de abril de 2007

“Nunca se sábado”



por Alessandra Martins



Quem nunca passou um sábado a noite em casa por falta de opção atrativa – naquele dia em que você não está afim de balada, nem de barzinho, mas todas as alternativas cult da cidade já fecharam as portas - que atire a primeira pedra!Alguns grupos teatrais oferecem propostas de espetáculos em horários não convencionais, mas acabam tendo temporadas curtas e se apresentando em locais de difícil acesso. Porém, aparentemente, as trupes humorísticas da cidade de São Paulo estão tendo sucesso nesta área, com temporadas continuadas e casas sempre cheias, mesmo os que se apresentam em dias de semana e em horários inusitados.

O espetáculo "Nunca se Sábado...", que estreou em 2005, já está em suaterceira temporada, sempre aos sábados à meia-noite, no Teatro Folha. Além de atrair o público por ter sempre participações de novas trupes de comédia(ou seja, o espetáculo nunca é o mesmo) conta também com a presença de convidados externos, que interagem com os comediantes. Após as participações dos atores Caco Ciocler e Mateus Carrieri nas duas últimas apresentações, o projeto receberá, como a celebridade deste sábado, a cantora Negra Li (para quem não lembra... "Um dia eu vou estar à toa e você vai estar na mira..."), e promete boas risadas.

No número certo para os baladeiros de plantão que também curtem um programa mais paulistano, o horário e a localização são atraentes para o público jovem e de meia-idade em geral, e acaba se tornando um ótimo fim ou começo de noite, podendo finalizar um jantar com boas gargalhadas ou animar a galera para um barzinho depois. Em dias em que recebe convidados mais conhecidos, o espetáculo se torna concorrido, portanto aconselho que comprem seus ingressos com antecedência. O Teatro Folha fica dentro do Shopping Pátio Higienópolis, na AvenidaHigienópolis nº618, 3823-2423. A duração do espetáculo é de aproximadamente 70 minutos e é recomendada a partir de 14 anos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Mensagens Subliminares


por Jonas Souza







A Mensagem Subliminar é dotada de uma arte a mais. A arte da persuasão inconsciente. Ela trabalha com o subconsciente das pessoas. Dá-se o nome de mensagem ou propaganda subliminar toda aquela mensagem que é transmitida em um baixo nível de percepção, tanto auditiva quanto visual. Embora não possamos identificar esta absorção da informação, o nosso subconsciente capta-a e ela é assimilada sem nenhuma barreira consciente, e a aceitamos como se tivéssemos sido hipnotizados. Por definição, subliminares são as mensagens que nos são enviadas dissimuladamente, ocultas, abaixo dos limites da nossa percepção consciente e que vão influenciar nossas escolhas, atitudes, motivar a tomada de decisões posteriores. Subliminares são mensagens que entram na nossa mente de contrabando, como um vírus de computador que fica inerte, latente, e só é ativado na hora certa.




Como surgiu ?
Experimento realizado em Fort Lee, New Jersey - EUA em 1956

Jim Vicary instalou em um cinema de Nova Jersey um segundo projetor especial, taquicógrafo, o qual projetava intermitentemente na tela frases como DRINK COKE e EAT POP CORN. O taquicógrafo pode ser comparado a um tipo de projetor de slides que projeta um único slide na velocidade de 1/3.000 de segundo. No cinema é colocado ao lado do projetor do filme - cuja projeção é ao ritmo de 24 fotogramas por segundo - e fica repetindo a imagem (sobreposta ao filme) a cada cinco segundos para dar a ilusão de movimento. Durante o filme Picnic, com Kim Novac (no Brasil "Férias de Amor"), o segundo projetor emitia um slide com a frase Drink Coke numa velocidade de 1/3.000 de segundo. O slide era projetado sobreposto ao filme, rápido demais para ser percebido conscientemente, mas a repetição do sinal subliminar causava efeitos no subconsciente do público, aumentando as vendas da Coca-Cola em 57,7%.

Segundo Ronnie Cuperfain e Keith Clarke, os resultados seriam otimizados caso fossem imagens, ícones, no lugar de textos verbais. Ambos comprovaram que o emprego de mensagens subliminares projetadas no campo visual esquerdo (direcionadas assim ao hemisfério direito do cérebro) são mais eficazes quando são empregadas imagens. Wilson Brain Key descreve uma técnica de edição de imagem que gera um mosaico de impressões visuais, chamado efeito Mc Luhan ou Perceptual Overload, e cita os comerciais de TV da Coca-Cola, nos quais até quatro tomadas são mostradas em um só frame, mostrando pessoas e cenários diferentes o que satura o consciente que não consegue forçar um sentido, aceitando a cachoeira de imagens inconscientemente. Ora, tal edição em ritmo de vídeo clipe, com muitas tomadas ou cenas por segundo, é um claro exemplo da fórmula proposta: SUBLIMINAR= > Maior quantidade de informação (dividido por) <>

Cérebro

Com o taquiscocópio, provou-se que o cérebro reage à imagens projetadas a uma velocidade de exposição de até 1/3.000 de segundo.

Segundo a Semiótica da Cultura, de V. V. Ivanov, o signo, que possui um significante e um significado, é interpretado pelos dois hemisférios do cerebrais: Significado: hemisfério direito - tempo real e imagens concretas (todo); Significante: hemisfério esquerdo - abstrações e estruturas lógicas (partes).

Exemplo:


terça-feira, 24 de abril de 2007

Cuidado Superman!!!


por Jonas Souza










Super-Homem que se cuide. A kriptonita parece ter deixado de ser coisa de ficção científica depois que foi identificado, em uma mina na Sérvia, um novo mineral que tem características químicas semelhantes às descritas no filme Superman - O Retorno e que foram inventadas pelos criadores do longa-metragem.

De acordo com o filme e as histórias em quadrinhos do herói, a kriptonita absorve os seus superpoderes quando ele é exposto aos grandes cristais verdes do mineral.

A kriptonita de verdade é branca e inofensiva, disse Chris Stanley, do Museu de História Natural de Londres. "Receio que não seja verde e nem brilhe, embora reaja com luz ultravioleta com uma fluorescência laranja rosado.", disse ele.

Fórmula

Pesquisadores do grupo de mineração Rio Tinto descobriram o minério incomum e pediram a ajuda de Stanley quando não conseguiam identificá-lo ao comparar com os materiais conhecidos.

Assim que conseguiu descobrir sua composição, o especialista de Londres ficou chocado ao descobrir que a sua fórmula já constava na literatura - embora a de ficção.

"Na etapa final da minha pesquisa, eu procurei na internet usando a fórmula química do minério e fiquei surpreso ao descobrir que o mesmo nome científico, escrito em uma caixa com uma pedra contendo kriptonita roubada pelo (vilão) Lex Luther de um museu em Superman - O Retorno ."

No rótulo está escrito hidróxido de silicato de sódio lítio boro com flúor. "O novo minério não contém flúor (ao contrário do filme) e é branco ao invés de verde mas, em outros aspectos, a química é semelhante à da rocha que contém criptonita."

O minério é relativamente duro mas tem uma granulação muito fina. Cada cristal individual tem menos de cinco micras de diâmetro (1 micra equivale à milésima parte do milímetro).

Propriedades

Para identificar a estrutura atômica do minério, foram usadas as sofisticadas instalações de análise do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá e a assistência dos pesquisadores Pamela Whitfield e Yvon Le Page.

"Ao conhecer a estrutura do cristal, os cientistas podem calcular outras propriedades físicas do material, tais como sua elasticidade e propriedades térmicas", explicou Le Page.

"Poder analisar todas as propriedades de um mineral, tanto químicas quanto físicas, abre a porta para confirmar que ele é realmente único." Descobrir que a composição química de um material foi uma cópia exata de uma fórmula inventada para a kriptonita, que é inventada, "foi uma coincidência de uma vez na vida", acrescentou.

O minério não pode ser chamado de kriptonita pelas regras internacionais de nomenclatura porque não tem nada a ver com crípton ou criptônio - um elemento de verdade da Tabela Periódica que tem a forma de gás.

Assim, ele receberá formalmente o nome de jadarita, quando for qualificado no European Journal of Mineralogy ainda neste ano. Jadar é o nome do local onde fica a mina sérvia onde o mineral foi encontrado.

Stanley disse que se os depósitos existirem em quantidade suficiente, o mineral pode ter algum valor comercial. Ele contém boro e lítio e dois elementos valiosos com muitas aplicações.

"Vidros de borosilicato são usados para envolver lixo radioativo processado, e o lítio é usado em baterias e na indústria farmacêutica."




segunda-feira, 23 de abril de 2007

O Santo Massacre







por Leonardo Correa


Em sua recente visita à Terra Santa em celebração pela passagem do segundo Milênio do Cristianismo, o papa João Paulo II pediu perdão aos judeus e muçulmanos pela Igreja Católica ter, há 900 anos atrás, instigado a Cruzada que terminou por produzir um terrível massacre da população civil judaica e árabe de Jerusalém, por parte dos cavaleiros cristãos. Saiba como se deu esse assalto à Cidade Santa.




"Insondáveis são os desígnios do Senhor!" Assim meditavam os cavaleiros cruzados na sua marcha pela Palestina em junho de 1099. Desde que saíram de Alepo, na Síria, em direção à Cidade Santa, só encontravam pelo caminho, areia, pedras, e chão árido, esturrado. O Jordão foi-lhes outra decepção. Cavaleiros viajados como Godofredo, Tancredo e Boemondo, que conheciam os rios europeus, o Pó e o Danúbio, largos, fluentes, desiludiram-se ao verem a modéstia daquelas lodosas águas beatas, e, no entanto, fora nelas, dizia a Santa Escritura, que João Batista ungira Nosso Senhor Jesus Cristo. Na expedição vinham ainda, sob o comando dos barões, uns dez mil homens, tendo a fome e a sede como companheiras. Seria mesmo ali, intrigavam-se, que se dera a Encarnação?



Confirmava, porém, ser aquele um lugar milagroso, a existência de inúmeras capelinhas erguidas pelos peregrinos que, em devoção, homenageavam ali antiquíssimas relíquias. Numa delas, pasmem, encontraram até uma lasca da Arca de Noé! Mais espantados ficaram os cruzados quando lhes mostraram onde forjaram os cravos que prenderam o Salvador na cruz! Cada uma daquelas pedras em seu caminho, asseguravam a eles, testemunhara uma profecia, cada entranha na rocha acolhera um Malaquias ou um Isaias. Não duvidavam mais, a Palestina era o berçário dos iluminados de Deus, aquela era sim a Terra Santa.

Avistando Jerusalém




Finalmente, ao avistarem Jerusalém no dia 7 de julho de 1099, um êxtase místico os acometeu. De joelhos, o povo, os soldados e os barões, prostaram-se na frente dos seus muros. Lá dentro, alarmado com a chegada daqueles belicosos, o governador egípcio reforçou as defesas. Cidade escolada em assaltos e sítios, as muralhas de Jerusalém eram impressionantes, mas desta vez não deteriam a força da fé dos famintos de Deus. Pedro Eremita, líder da chusma cristã, sugeriu repetir o exemplo de Josué em Jericó. Que os cruzados derrubassem-nas a toques de corneta, enquanto evocavam o céu em piedosa procissão.

Descalços, em trajes de penitentes, com rosários e ladainhas, os cristãos fizeram várias voltas ao redor da cidade sob as vistas zombeteiras dos guardas muçulmanos que, do alto das seteiras, assistiam espantados aquela inútil rezaria. Nenhuma pedra rolou das muralhas, nem um tijolo gemeu.
O assalto à cidade santa

Deram-se conta então, os comandantes surpresos, que lhes faltava madeira para o assédio. Conseguiram-na vinda do litoral, graças a presteza de alguns marinheiros genoveses. Construíram então aríetes e torres com elas. Rezando e praguejando arrastaram-nas para as beiradas dos muros. O assalto final a Jerusalém deu-se no dia 15 de julho de 1099. Pretende-se que foi Boemondo o primeiro cristão a pôr os pés no alto do fortim. A guarda muçulmana assustada recuou. Debandou. Conforme a soldadesca cristã embarafustava-se nas vielas que cercava a Mesquita de Omar e a Sinagoga, foram tomados por um furor homicida.

Os pacíficos habitantes da cidade, judeus e muçulmanos, representavam para eles o demônio, a impureza, a profanação dos lugares santos. Não os perdoaram. Os árabes que encontraram no pátio da Grande Mesquita foram exterminados à espadaços e à lançadas. Aos judeus coube um destino pior. Encerrados no Templo de Salomão, queimaram-nos vivos. Pouparam apenas a vida do governador egípcio Iftikhar ad-Dawla, e dos seus guardas, a quem Raymond de Saint-Gilles, um cavaleiro de cabelos brancos, que "desdenhava ser cruel com os fracos", jurara proteção. Até hoje os historiadores embaraçam-se com o número das vítimas que os cristão fizeram em Jerusalém. Oscilam entre 6 mil a 40 mil mortos!

E nem se pôde responsabilizar os chefes pela matança. Os barões bem que tentaram conter a soldadesca, mas ele escapou-lhes ao controle. Fanatizado, o cristão comum, considerando-se um vingador celestial, virara um animal feroz a quem um estripamento, uma carótida esguichando, ou a degola dos gentios, parecia a justa revanche dos tormentos de Cristo. Quem respirasse era morto. Mataram inclusive os animais domésticos.
Uns anos antes da catástrofe, o poeta árabe al-Maari, que morrera em 1057, separara os homens em dois grupos: "os que têm cérebro mas não têm religião/ E aqueles que têm religião mas não têm cérebro". O Grande Massacre, ocorrido há 900 passados, além de ter azedado para sempre a relação entre os cristãos e os muçulmanos, permaneceu como um desses estúpidos altares sacrificiais erguidos pelos homens que têm religião mas não têm cérebro.

domingo, 22 de abril de 2007

Domingo de Conto






Por: Jonas Souza






Livros de John Lennon - Parte 2

O segundo livro de John, A Spaniard In The Works, foi publicado um ano depois, em 1965, no auge da popularidade dos Beatles, na época em que o quarteto recebia a medalha da Ordem Britânica. Enquanto estavam em turnê, o livro chegou às livrarias e se tornou best-seller, o que não passaria pelos olhos da crítica, que associou a grande vendagem à marca Beatles. A Spaniard In The Works se diferencia de In His Own Write por ser mais escatológico, com referências sexuais e personagens com vida própria, como um certo Jesus El Pífco, “pequeno fascista comedor de alho, gorduroso e amarelento”. Segundo o biógrafo da banda, Geoffrey Strokes, A Spaniard... “parecia monótono, sem o elemento de surpresa que tornou In His Own Write tão especial”.

De qualquer maneira, aos olhos da crítica, o fato de ser um livro de John Lennon dos Beatles poderia dar à sua obra uma aura oportunista. É nesse fato que cabe analisá-la num contexto mais afastado do seu trabalho como letrista com a banda. E, conhecendo mais ou menos qual era a mentalidade da maioria esmagadora das fãs ululantes dos cabeludos de Liverpool, ninguém esperaria ansiosamente por mais um livro. Porém, parte da inspiração do Lennon escritor estava embotada pelo compositor, cujo mercado fonográfico exigia letras de rock. Com o passar do tempo e com a influência do psicodelismo, John passaria a utilizar toda aquele imaginário non-sense nas suas letras. É possível que, nesse momento histórico em que ele pôde compor suas canções sozinho, esse lado de seu talento tenha vazado para as letras, principalmente em momentos como no White Album (1968), em músicas como “Glass Onion” ou “The Continuing History Of Bungalow Bill”.

Metade Davi

Já era uma vez um cara que era meio Davi - ele tinha uma missão na vida.
- Sou meio Davi, ele bufava de manhã, meio puto da vida.
No café, lá ele de novo dizendo sou meio Davi, o que dava nos nervos da Betty. Isto não é vida, Davi, uma voz dizia no caminho do serviço, que não era nada mais nada menos que um condutor de alguma cor. “Legal pra você”. Davi costumava pensar, pouco cagando para o problema da cor.

Meio Davi era um vendedor que você tinha que ver, com o dom de ser bom, o que sempre dava nos nervos da Mary. “Parece que eu perdi o ônibus, Cobber”, disse Davi sem compreender bem. "Desça do ônibus então" disse Basubooo uma voz de bater as botas, não sacando o problema da cor realmente ele. “O.K.” disse meio Davi, humilde sem querer ofender. “Mas você gostaria que tua filha casasse com um deles?”

Uma voz parecia dizer quando ele saltou do ônibus como um dividido Davi.

sábado, 21 de abril de 2007

Na Hora Do Intervalo




Por: Jessamy


O programa "Na Hora do Intervalo", do canal Multishow de TV por assinatura, exibe comerciais do mundo inteiro. As propagandas mostram "que a graça toda é persuadir edivertir ao mesmo tempo". Toda semana, o programa conta com um tema diferente para as propagandas apresentadas. Ele exibe dos eternos clássicos aos mais novos, dos que que causam saudade até os que nos dão vontade incontrolável de morrer de rir. E pasme: os brasileiros estão entre os mais bem quotados no quesito comercial e domina o horário do intervalo.

Outra questão é que o programa, para quem o assiste uma vez queira acompanhar sempre que for possível. O telespectador fica mais atento aos comerciais das novelas ou até mesmo do jornal das 20h. Antigamente diríamos que esse era um programa para leigos que adoravam reviver seu passado identificando antigos jingles ou objetos de desejo que já não mais existem.

Hoje em dia, Na Hora do Intervalo pode ser encarado de uma forma em que o programa existe não apenas para nos divertir, mas para prevermos questões como comportamento, mudanças de mercado e suas respectivas mudanças.

A sociedade evoluiu, e consequentemente suas necessidades de consumidor. Mas essa é outra história...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Especial: Seis da Tarde





Por: Alessandra


No SESC da Avenida Paulista a Companhia Auto-Retrato está apresentando, neste fim-de-semana, o espetáculo Seis da Tarde, que ninguém deveria deixar de assistir.


A trama conta o encontro de duas mulheres, que trocavam cartas sem se conhecer e, há cinco anos, silenciaram a correspondência. Após tanto tempo de silêncio, elas sentem a necessidade de retomar contato e de se encontrar pessoalmente. O espetáculo revela o universo das personagens a partir da mescla de situações cotidianas, como gestos e conversas banais, com momentos mais líricos.

O importante é ressaltar o valor da amizade. Duas pessoas não precisam estar uma ao lado da outra ou terem contato físico para serem extremamente importantes uma para a outra. É esse o eixo da peça, e é esse o eixo da vida. Saber valorizar as pessoas que sempre estarão lá por nós, mesmo que não seja possível que estejam ao nosso lado geograficamente, ou mesmo que as circunstâncias impeçam que se tenha maior contato.

Amizade é feita de pequenas coisas, pequenos momentos, e quando notamos a pessoa já faz parte de nossa vida de tal forma que não conseguimos viver sem ela. Seus conselhos são raros, suas palavras podem nem sempre ser doces mas são preocupadas, pois ele quer sempre o nosso bem. Às vezes é injusto, às vezes é insensível... mas sempre pede desculpas, porque a mágoa que causa no amigo dói tanto em si quanto no outro.

As pessoas não são eternas. Feliz ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, mas não o são. A grande arte da vida é saber aproveitar ao máximo o tempo que nos é concedido ao lado dessas pessoas que são verdadeiros “anjos da guarda”, nossos amigos.

Não podemos esquecer de dizer o quanto são especiais em nossas vidas, porque isso não está subentendido, precisa ser dito. Nem podemos deixar de dizer que os amamos, antes que seja tarde demais. A maior dádiva que se pode receber é poder cuidar de um amigo, e ter um amigo que cuide de você.

E quando chegar a hora de se despedir, que seja leve, que seja breve... amigos nunca se despedem por completo, deixam sempre um pouco de si, tem sempre um pouco de si levado pelo outro.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A Dor do Povo Colombiano

Por: Alessandra

O artista plástico colombiano Fernando Botero é mundialmente conhecido por suas telas que retratam gordinhos engraçados. Essas telas têm um grande valor artístico e monetário, mas principalmente estético, pois vão contra o padrão de beleza ditatorial que rege a sociedade contemporânea, mostrando personagens graciosos mesmo que um pouco “fora de forma”.

Porém, a exposição que está em cartaz no Memorial da América Latina, traz um Botero muito diferente do mundialmente conhecido. As telas expostas nada têm de cômicas, revelam a crua dor do povo colombiano frente a violência que acontece em seu país. Apesar dos personagens continuarem acima do peso, eles agora não mostram a felicidade e o colorido da Colômbia, mostram o lado triste e obscuro trazido pelo autoritarismo em seu país. Agora os gordinhos estão engajados no combate à violência na Colômbia.

A série de 67 trabalhos, entre desenhos e óleos sobre tela, ficará exposta em São Paulo, no Memorial, até o dia 26 de abril. Estas obras são de propriedade do Museu Nacional da Colômbia, em Bogotá, para quem o pintor doou as peças.

Mesmo sendo Botero o pintor vivo mais caro do mundo (algumas de suas telas estão avaliadas em 2 milhões de dólares) a exposição é gratuita, e conta com as obras originais. Os visitantes não correm o risco da frustração de, após horas de fila, se depararem com réplicas, como na exposição de Leonardo Da Vinci – que possui um preço alto.

O Memorial da América Latina – Galeria Marta Traba, fica na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, acesso pelos portões 4 (estacionamento), 5 e 6. O telefone é 3823-4600 e a estação de metrô mais próxima é a Barra Funda. A exposição está aberta de terça à sexta, das 9h às 20h;e aos domingos, das 9h às 18h.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Dislexia Pode Levar a Marginalização Social





Por: Márcio Zonta


A dislexia, uma disfunção neurológica, que leva o indivíduo portador a várias dificuldades, principalmente na leitura e escrita, é desconhecida por grande parcela da sociedade. Os professores, são geralmente os primeiros a perceberem as dificuldades das crianças na fase de alfabetização, porém, sem muitas informações sobre o distúrbio, os mesmos não as atende de maneira a amenizar os problemas para dar continuidade ao aprendizado, recorrendo aos pais que procuram profissionais ligados à área, estes também pelo mesmo motivo dos professores, não conseguirão equacionar as dificuldades das crianças.

Na maioria dos casos, começa aí, o árduo caminho que a família e a criança percorrerão, até que tenham orientação adequada. Antes disso, a criança poderá ser rotulada por pais e professores como; "preguiçosa", "burra", "desligada" e "desinteressada".

Segundo a única entidade no país a executar o diagnóstico multidisciplinar da dislexia, a Associação Brasileira de Dislexia – ABD constatou entre seus atendidos no ano de 2006, que os graus de dislexia; médio e severo são os mais comuns entre as crianças em fase de alfabetização, confirmando a suspeita que já existia entre os seus profissionais. Esses indivíduos têm uma defasagem na leitura de cerca de 01 a 02 anos, apresentando disnomia (dificuldade em nomear ou reconhecer nomes de objetos, coisas etc.) e com a parte lingüística alterada de forma acentuada. Diante desse quadro, chegando à fase adulta esses indivíduos têm ainda sua baixa auto-estima , caso não tenham nenhuma orientação adequada ou tratamento.



Pesquisas realizadas com a população carcerária de Londres divulgada no livro: The adult dyslexic The interventions & outcomes (O adulto disléxico – As intervenções e os resultados), dos autores David McLoughlin, Carol Leather e Patricia Stringer, comprova que 50% doa adultos sofrem de dislexia e acabam cometendo delitos por ter sua baixa auto-estima, advindo de uma sociabilidade prejudicada, expectativas frustradas e por se submeterem apenas às atividades secundárias. Seja no Brasil ou em Londres o quadro educacional parece ser o mesmo, um método de ensino que lida com todos da mesma maneira, sem fazer surgir qualidades e habilidades peculiares, principalmente dos que apresentem dificuldades específicas em determinada área do aprendizado.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Quadrinhos Online





Por: Marcus Toledo


A evolução da informática está aumentando o compartilhamento de multimídia no mundo todo e de maneira exponencial. Uma prova disso são as novas bandas musicais que estão disponibilizando suas músicas pela internet de forma gratuita com o intuito de aumentar sua popularidade e alcançar o sucesso. No entanto não é só na musica que vem ocorrendo essa (r)evolução. Fotos, artes digitais, vídeos caseiros e amadores são encontrados por toda a parte nesse "novo" universo que é a Internet e o quadrinhos não ficam fora desse nicho.

Esse novo mercado, ainda pequeno, possuem suas próprias maneiras e técnicas de suas representações gráficas. Alguns retratam de maneira fiel os quadrinhos em papel, outros porém fizeram adaptações animadas nos quadrinhos. Essas adaptações, no entanto não descaracterizam as HQs onlines de maneira alguma. Na verdade elas são novos atrativos, mostrando cenas em que se imaginariam como seria se tivessem alguma animação, e isso deixa mais atraente visualmente.

A HQ online, assim como tudo que é voltado a área da informática, possui característica próprias e um grande ponto que se deve destacar para uma história de sucesso é a informação através do visual estético, com poucas escritas. Já as Hqs no estilo clássico possuem características de histórias bem curtas, normalmente tiras de história.

Alguns links:

http://www.thewebcomiclist.com/ - Listas de HQs online (inglês)

http://www.sobresites.com/quadrinhos/quadrinhosonline.htm - Lista de sites brasileiros de HQs online



Mas os não adeptos a informática não precisam se preocupar pois o universo das HQs não vai morrer. Assim como o rádio com a chegada da televisão. as Histórias em Quadrinhos ocupará de um número de clientes específicos e manterá seus fãs.

Flow ae!

domingo, 15 de abril de 2007

Domingo de Conto

Por: Jonas Souza

Um dos perfis bem pouco conhecidos do cantor e compositor John Lennon (1940-1980) é o do seu lado escritor. Mais conhecido por baladas e canções memoráveis dos tempos dos Beatles ou hinos pacifistas como “Imagine”, Lennon tinha um estilo peculiar. Tanto que poderíamos separar escritor do compositor. Em março de 1964, ou seja, em pleno auge da chamada “Invasão Britânica” catapultada pelos Beatles, ele publicou o seu primeiro livro, In His Own Write. Para a maioria dos ingleses, incluindo fãs da banda ou críticos de plantão, aquilo pareceu muito estranho, ainda mais partindo de um jovem músico que cantava canções açucaradas. Sem nenhum “yeah-yeah-yeah”, In His Own Write era uma coletânea de contos absurdos e poemas surreais a amalgamar temas como assassinato, ódio racial e canibalismo.

No dentista

Senhora: Tenho um dente enraizado que me faz dor.

Senhor: Se jogue sobre o traseiro, senhora, e escancare a sua vala. Oh, seu interior está completamente nu!

Senhora: Puxa vida! Só fiquei com oito dentes!

Senhor: Então você perdeu oitenta e três!

Senhora: Descrente!

Senhor: Cadacão diz que temos quatro decisivos, dois felinos e dez polares, que, juntos, fazem 32, à sombra.

Senhora: Fiz tudo para salvaguardar o dente!

Senhor: Ele se apodreceu sem sentido!

Senhora: Por que não o insultei antes?

Senhor: Muito tarde. Ou é agora ou só em Marienbaad.

Senhora: Você vai me arrastar até lá?

Senhor: Não, mandinga, vou examiná-la

Senhora: Isso vai me fazer sofrer muito.

Senhor: Deixe-me ver. CRACK! Lá está ele, madame.

Senhora: Mas, Senhor, eu gostaria (estava ansiosa pra conservar) conservar este último dente.

Senhor: Ele estava negro e triste, como os outros estavam.

Senhora: Misericórdia, assim não poderei comer!

Senhor: Um denteiro para a Massistência social é bom, e você parece trinta anos mais moça.

Senhora: (à parte) Trinta anos mais moça (berrando) senhor, não sou católica, arranque-me todos os cacos, aqui ou em Marienbaad!

Senhor: OK. Colgate.

sábado, 14 de abril de 2007

Vamos falar de Centro Cultural?

por: Jessamy Kisberi




O Centro Cultural é muito comentado, porém pouco praticado. Lá eles exibem shows de dança, música e teatro. Oferece cursos gratuitos, exposições, cinema, biblioteca e até programações para a terceira idade.
O projeto iniciou como uma extensão da biblioteca Mario de Andrade, e acabou se tornando um dos primeiros centros multidisciplinares do Brasil.
Hoje daremos especial destaque para os projetos musicais, já que englobam de música erudita ao Hard Rock, atendendo às necessidades de todo um público sedento por eventos do gênero. A programação de Abril é a seguinte (só estou postando os dias mais para frente... a partir do dia 14 é muito próximo não dá para se programar):

Música Erudita
Dia 22 Recital flauta doce, oboé, cravo barroco e viola de gamba.
O conjunto Raro Tempero preocupa-se em manter uma interpretação baseada na pesquisa de repertório para essa formação. Neste concerto, o grupo apresenta um perfil de compositores de estilos distintos dentro do período barroco.

Música popular
dia 20 O Troco
Banda com influência de surf music mostra composições do álbum Sobre ondas e mulheres. Ingresso - R$10,00
Dias 21 e 22 Rogério Skylab
O cantor e compositor apresenta o punk rock carioca em seu CD Skylab VII.Ingresso - R$15,00
Dia 27 Poetas urbanos
Participação: Lula Barbosa e BréNo disco Plurais, o grupo apresenta arranjos que remetem à música regional. Ingresso - R$12,00
Dia 29 Especial - 60 anos da Biblioteca BrailleJair RodriguesUm dos mais importantes e expressivos intérpretes da música popular brasileira, apresentando o show Alma Negra. Entrada franca

Espero que se divirtam, porque nós vamos!
Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso.
Estação mais próxima de metro: Vergueiro (Linha Norte-Sul).

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dança de Salão






Por: Alessandra

Apesar de ser uma das modalidades de dança mais antigas, a dança de salão só caiu no gosto dos brasileiros ultimamente, com a explosão de programas de televisão sobre o assunto. Em algumas atrações são artistas que dançam, em outras, são profissionais, e já temos até um campeonato brasileiro!!!

Algumas pessoas se perguntam se os iniciantes são mesmo amadores, outras se os padrões do campeonato são os internacionais, adotados em competições do estilo - tem até quem pergunte se os artistas estão mesmo dançando ou se são dublês. A essas perguntas eu não posso responder, mesmo porque se aprendemos todos os truques a mágica perde a graça...

Porém, charlatanismos a parte, todos saem ganhando com essa exploração da dança de salão: o público em geral só tem a lucrar, pois aprende a dançar assistindo televisão e se diverte com os shows, e as escolas têm propaganda gratuita. Mas, por mais interessante que seja aprender alguns passinhos pela TV, saber diferenciar os ritmos, e apreciar boa música (às vezes...), não há como dançar de verdade!

Não é uma defesa artística, muito pelo contrário. A dança não competitiva, além de ser um dos exercícios físicos mais completos, é uma forma eficaz de relaxamento e alívio do stress diário. Poucas das pessoas vão conhecer por curiosidade não se rendem aos encantos dessa atividade, além do que, é uma ótima terapia em grupo, pois as turmas de dança de salão normalmente se tornam grupos de amigos na vida real, saindo juntos para dançar e se divertir.

Só existe um agravante, apesar de muitas pessoas se interessarem pela prática da dança de salão, os preços dos cursos nem sempre são tão convidativos. E, por esse motivo, muitos talentos e pas de deux são desperdiçados.


Na Galeria Olido, que fica na Avenida São João, as aulas de dança de salão são gratuitas e abertas, de terça a quinta, das 15h às 17h; às sextas, das 15h às 17h e das 19h às 21h; e aos sábados das 18h às 21h. Uma ótima oportunidade para quem quer dar seus passinhos sem ter nenhum prejuízo.

Além do mais, nenhum Paulistano deveria deixar de visitar a Galeria Olido. É um lugar muito especial para os amantes da arte, e um ponto de encontro entre pessoas que pensam e realizam cultura na cidade de São Paulo.

Tente um bolero, um samba ou um merengue... de repente até um forró se for seu estilo... mas dance! E não se prenda por não ter um par, seja homem ou mulher... com certeza muitas outras pessoas também estarão procurando seus pares, e numa cidade grande como São Paulo, com certeza não lhe faltará um!

Galeria Olido
Avenida São João, 473
São Paulo – SP
3331-8399/3334-0001 (rm.2006)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Educação Precária Leva a Opressão





Por: Marcio Zonta


No momento maior da loucura de um ser cansado de tudo, condenado a viver num sistema que não lhe agrada, lhe sufoca, que lhe tira a respiração da vida, a essência de ser o que realmente gostaria de ser, de sentir, de gostar, de amar. Ele pensa em tudo que lhe é imposto, como se fosse costumais e peculiar a sua cultura e ao seu gênero. Porque? Nos perguntamos! Quais são os elementos ou o paradigma que te leva a seguir algo, que te leva a crer num ser, seja humano, ou sobrenatural? O que te leva a acordar todo dia cedo, mesmo sem vontade? Seria para buscar um título? Um nome? Um prefixo? Que lhe de status? Mas que tire sua paz? O que te leva a comprar impulsivamente? Para ter para ser? Para mostrar que tem algo que lhe proporcione uma posição elevada em relação ao próximo? Sem pensar que você e o próprio próximo em antônimos nas fases de sua vida.

Pare, pense... Mas, nunca deixe de perguntar todos os dias de sua vida se é feliz? Se vale a pena acordar? Sim, pois acordar não no sentido de sair do adormecer, mas acordar para vida, para não apenas fazer parte dela, mas para que ela faça parte de você. O mundo, a história, o conteúdo programático de tudo esta pronto, basta querer seguir ou não, ou querer mudá-lo, sendo isto um processo importante de cada ser, enquanto responsável pela cidadania que tem, não por dever, mas por direito de exercer.

Enfim, felicidade não é excesso de risada, mas talvez ter a consciência de tudo que Circunda-lhe. Mas cuidado, pois às vezes esta consciência lhe provocará uma baita vontade de jogar tudo para o alto e, nos perguntamos: quais são os elementos ou o paradigma que nos levam a seguir algo, que nos levam a crer num ser, seja humano, ou sobrenatural? O que nos leva a acordar todo dia cedo... É um circulo vicioso. Adquirir a burrice-educação fabricada e fornecida pelo Estado ainda faz pessoas felizes... Chega! Vamos corromper com tudo, mas preparem-se! Iremos passar fome, iremos ser julgados, iremos ser insultados, e muitas vezes varridos para debaixo do tapete da grande hipocrisia retórica em que vivemos.

Portanto, fazer parte de algo sem participar deste algo, abraçar a sociedade do espetáculo e dela retirar suas ideologias consistentes, imbuídas e imposta pela classe senhora e dona cada dia mais de muitas vidas, destinos, histórias, prazeres roubados e cabeças alinhadas num pensamento único. Somos todos robôs sem paranóia, sem faltar nenhum parafuso, sem fazer fundir a maquina que nos guia, nos rodeia... Pois é isso que teremos de fazer; fundir a maquina manipuladora atual e, por em curso um pensamento e modo de vida emacipatório irrefutável.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Por: Leonardo

Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia, para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão. Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de ter entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim cristãos muçulmanos e judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus lhes exortou a fazerem.










Ilustração de Abraão, a esposa Sara, e Agar

Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes, sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó (Israel), que viveu na região de Harran (Aram).

Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofias egípcias, tornando-se letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo (B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII A.C e vagaram durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina judaica no monte Sinai (Tur).

Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de ofertas sacrificiais ao Deus Baal.

Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram, alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus (jabusitas) controlando Jerusalém. Mas nenhum grupo foi capaz de consolidar o controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Tirinhas





Por: Marcus Toledo


O mundo criativo dos quadrinhos possui uma extensão além do que os nosso olhos podem ver. Em vários países é possível encontrar grandes autores destinados a realizar verdadeiras Graphic Novels, com personagens normalmente heróicos em cenas de ação ou de mistério.

No mundo dos quadrinhos o Brasil não possui tal costume de criação de grandes histórias, no entanto, o elemento mais marcante da literatura gráfica no país é o método que deu início a este vasto mundo que podemos ver hoje: As tirinhas

Tirinhas são histórias curtas que acontecem em 3 a 5 quadrinhos apenas com uma situação rápida de interação entre dois personagens em média. As tirinhas normalmente possui um fundo cômico ou sarcástico (detalhe marcante no cotidiano brasileiro), o que faz dela em algumas vezes charges exibidas em jornais ou revistas.




















As tirinhas nos jornais no Brasil possui apresentação de vários países como Garfield, Recruta Zero, Snoopy, Hagar o Terrível, etc. e os brasileiros estão entre Turma da Mônica, Piratas do Tietê, Overman, Geraldão, Etc e está ganhando cada vez mais espaço com o lançamento de coletânias de tirinhas já publicadas em livros "pocket" mostrando uma época inteira de tirinhas nacionais e internacionais.

Flow ae!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Quando os Reis Lutavam em Suas Guerras

Por: Jonas Souza


O filme 300 mostra uma história de valentia e vigor nos tempos antigos. Inspirado na Grafic Novel de Frank Miller (Sin City) “Os 300 de Esparta” que por sua vez retratou (não completamente fiel) a famosa Batalha de Termópilas que fez parte das Guerras Médicas travadas entre os persas e os gregos no século quinto A.C..

No filme o rei de Esparta, Leônidas (Gerald Butler), a mercê do ataque persa comandado pelo "Deus-Rei" Xerxes (Rodrigo Santoro) leva um pequeno batalhão com apenas 300 soldados para enfrentar uma força descomunal com milhares de soldados.


Historicamente, Esparta era um poço de tranqüilidade e democracia na época. As outras cidades-estado gregas ainda lutavam entre si e com outros povos em busca de território, os espartanos viviam sossegados na península do Peloponeso, com leis e procedimentos diferentes dos outros povos. As mulheres por exemplo, tinham direito a herdar e cuidar de terras e bens de seus falecidos maridos. O treinamento espartano era especial e começa desde criança (como mostrado no filme) e quando adultos os homens tinham longos cabelos que adornavam com flores para batalha.

Eles viviam para as batalhas. Assim, como hoje toda a sociedade cristã vê como salvação a crença em Deus, Jesus e também uma vida casta, a sociedade espartana à época via como “salvação” uma morte digna e gloriosa onde depois seriam lembrados pela eternidade como heróis, conceito visto até hoje e demonstrado nas HQs. Por esse ímpeto e extraordinária habilidade em lutas, entrar para história era o objetivo.














No filme todos esses aspectos sociais de Esparta são dispostos e apresentados. 300 dá ênfase a perícia, coragem e determinação dos combatentes espartanos. Seus aliados são representados como soldados amadores e inúteis. Apesar de suas deficiências históricas 300 é um espetáculo poderoso. Tem o mérito de entreter e de despertar o interesse do espectador para aquela remota batalha em que os destinos da civilização estiveram em jogo.

Notas Polêmicas: O "Deus-Rei" Xerxes cinematográfico ser um gigante devoto da luxúria e cercado de seres infernais e deformados enquanto o Xerxes histórico foi um homem suficientemente capaz para conduzir uma empresa militar sem paradigma em razão de sua grandeza. A Descrição de Xerxes no filme fez o governo do Irã (descendentes dos Persas) proibir sua exibição no país.


Por ação e por Esparta, assista o filme.


Cotação: *****



Ficha técnica:


300

300
EUA, 2007 - 117 min
Ação / Ficção / Épico

Direção: Zack Snyder

Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad, Michael Gordon

Elenco: Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Dominic West, Vincent Regan, Michael Fassbender, Rodrigo Santoro, Andrew Tiernan, Andrew Pleavin, Tyrone Benskin, Marcello Bezina, Clint Carleton.


Site: http://www.300deesparta.com.br/filme.htm

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Retratos & Canções






Por: Alessandra


Retratos & Canções, em cartaz no Teatro Crowne Plaza desde o ano passado, é imperdível para todos os apaixonados por música, principalmente 80’s.
Pelo terceiro ano em cartaz, é uma homenagem aos intérpretes populares e apresenta a influência de algumas melodias no repertório cultural brasileiro, na medida para o público que tem entre 20 e 30 anos.

Em uma montagem discreta, de cenário simples, conta a história de Ivan, um caminhoneiro que já conquistou mulheres de todos os tipos, mas que, no entanto, nunca foi tão feliz como com a suburbana Carol. Ambos se reencontram após Ivan ir a um programa de TV e pedir por seu grande amor. Carol atende ao pedido, porém a retomada do casal provoca ciúmes no hipocondríaco Marvin e na Cabeleireira Diana.

A peça leva o espectador a outras épocas. Seu corpo não sai da cadeira, mas seus pensamentos vão tão longe quanto é possível na imaginação, levados pela trilha sonora retrô.


O mais interessante é notar que todas as falas do espetáculo são tiradas de músicas antigas, a grande maioria sucessos considerados bregas. E é com essa colcha de retalhos que os autores traçam as histórias dos quatro personagens, que se cruzam ao longo do tempo.
Já na porta do teatro começa a viagem no tempo. A própria sinopse da peça lembra um álbum de recordações, e são distribuídos “santinhos” (com santos de verdade!!!) como souvenirs.
O Teatro Crowne Plaza fica dentro do Hotel Crowne Plaza, na Rua Frei Caneca, número 1.360 (uma travessa da Avenida Paulista). O telefone é (11) 3289-0985 A bilheteria fica dentro do próprio hotel, e a peça está em cartaz aos sábados às 21h. e aos domingos às 20h. A temporada paulistana vai até 08/04/2007.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A Importância do Professor na Percepção das Dificuldades Escolares





Por: Marcio Zonta


Nos últimos anos, muito têm acontecido na educação do Brasil. Surgiram programas para erradicação do analfabetismo, partindo de ONGs e governos. Foram construídos centros de apoio à atividades extras escolares, que atendem em período integral, mas, ainda falta algo de concreto e que comece por um processo de mudança, já que se verificarmos dados, temos entre analfabetos funcionais (que escrevem seus nomes, lêem frases, mas geralmente não conseguem interpretá-las ou redigir um texto) e analfabetos, 75% da população Brasileira. Lamentável! Pode-se atribuir esse número à exclusão educacional por falta de escolas, ou escolas super lotadas e em péssimas condições, professores mal formados e, conseqüentemente, despreparados para atuarem. Porém, há uma questão pouco comentada no Brasil, até por que a educação não é o assunto de principal interesse a ser debatido entre nossos governantes e meios de comunicação, os distúrbios de aprendizagem, dentre eles, a dislexia, uma disfunção neurológica que atinge de 10 a 15% da população mundial.

Os objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação adotados pelas escolas nada têm a ver com indivíduos que sofrem de distúrbios de aprendizagem. Eles têm como principais dificuldades em sala de aula a linguagem e a escrita, a ortografia, a lentidão na aprendizagem da leitura, a disgrafia (letra feia); em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto e tabuada; troca de letras na escrita e ainda desatenção e dispersão, geralmente não conseguindo copiar trechos de livros e textos de lousas. Estas pessoas não aprendem da maneira convencional acarretando no abandono do ensino formal, pelos fracassos na vida escolar, que culminam em complicações psicológicas.

Portanto, os professores e educadores em geral precisam estar sensíveis às demandas sociais, culturais e econômicas, que circundam seus alunos e, principalmente, as comportamentais. Por essa rotina contemporânea, totalmente sem ter horários definidos, mergulhados em compromissos e obrigações, geralmente os professores ficam mais tempo com os alunos do que os próprios pais, ou seja, eles terão a incumbência de estar atento às dificuldades e anseios apresentados por estas crianças. Porém, não é o que acontece na maioria dos casos.

domingo, 1 de abril de 2007

Domingo de Conto






Por: Marcão


Talvez a coisa mais admirável do ser humano seja o fato do seu dom em querer sempre descobrir as coisas, mesmo para os preguiçosos. O cérebro do ser humano não para em nenhum momento e sempre nesse movimento ele está olhando as novidades em volta. Obviamente essa novidade é muito maior enquanto somos crianças...

- Papai, o que é Páscoa?

- Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!

- Igual ao Natal?

- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressureição.

- Ressurreição?

- É, ressurreição. Marta , vem cá !

- Sim?

- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu ?

- Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?

- O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas ! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu ! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã ! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola ? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo ou matricular esse moleque no catecismo!

- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus ?

- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai , Filho e Espírito Santo.

- O Espírito Santo também é Deus?

- É sim.

- E Minas Gerais?

- Sacrilégio!!!

- É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?

- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!

- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa ?

- Eu sei lá ! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.

- Coelho bota ovo ?

- Chega ! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !

- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa ?

- Era... era melhor, sim... ou então urubu.

- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né ?

- Que dia ele morreu ?

- Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

- Que dia e que mês?

- (???) Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressucitou três dias depois, no Sabado de Aleluia.

- Um dia depois!

- Não três dias depois.

- Então morreu na Quarta-feira.

- Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde ! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como ? Pergunte à sua professora de catecismo!

- Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua ?

- É que hoje é Sabado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

- O judas traiu Jesus no Sábado ?

- Claro que não ! Se Jesus morreu na Sexta !!!

- Então por que eles não malham o Judas no dia certo ?

- Ui...

- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

- Cristo. Jesus Cristo.

- Só ?

- Que eu saiba sim, por quê?

- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha ?

- Ai coitada!

- Coitada de quem?

- Da sua professora de catecismo!

Luiz Fernando Veríssimo

Flow ae!