sexta-feira, 25 de maio de 2007

A negação da perspectiva de futuro para milhares de pessoas ocorre no Brasil






Por: Marcio Zonta


O Brasil deixa de fora de concursos públicos, vestibulares, exames para aquisição da carteira de motorista, provas nas mais diversas instituições; uma quantidade relevante de pessoas, negando para elas a perspectiva de um futuro melhor. Isto ocorre pelo fato de que a leitura e a escrita se constituem as bases em que se apóiam os testes das habilidades educacionais, profissionais e cognitivas das pessoas.

Buscando ajudar a corrigir essa situação, a Associação Brasileira de Dislexia – ABD, que aplica o diagnóstico multidisciplinar para constatação da dislexia, envolvendo profissionais de diversas áreas, entre eles: psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, busca apoio governamental no que diz respeito ao reconhecimento das pessoas portadoras de dislexia. Nesse sentido, já deu importante passo no vestibular, conseguindo apoio da FUVEST (Fundação Universitária para Vestibular), nos concursos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e nos testes do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), de forma que essas entidades concedam aos disléxicos maior tempo de prova (25%); um fiscal se necessário para leitura das questões; em alguns casos até a transcrição das respostas, dependendo do grau de severidade do portador de dislexia. Agora, a ABD pleiteia uma lei federal, que possibilite condições diferentes aos disléxicos para prestarem concursos públicos.

Segundo Maria Mônica Bianchini, psicóloga da equipe da ABD ``os disléxicos são pessoas extremamente inteligentes, cujo teste de QI revela que os mesmos em sua grande maioria o possui acima da média” Entretanto, com o modo de avaliar todos de maneira igual, seja na escola, seja em concursos e provas de vários segmentos, perde-se o potencial do disléxico, já que sua principal dificuldade encontra-se na leitura e escrita.

Os exemplos do DETRAN, da FUVEST, e da OAB, são sinais de que a dislexia está sendo reconhecida por órgãos e entidades de desataque nacional, sensibilizadas pelas dificuldades de pessoas disléxicas.

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