sexta-feira, 6 de abril de 2007

Quando os Reis Lutavam em Suas Guerras

Por: Jonas Souza


O filme 300 mostra uma história de valentia e vigor nos tempos antigos. Inspirado na Grafic Novel de Frank Miller (Sin City) “Os 300 de Esparta” que por sua vez retratou (não completamente fiel) a famosa Batalha de Termópilas que fez parte das Guerras Médicas travadas entre os persas e os gregos no século quinto A.C..

No filme o rei de Esparta, Leônidas (Gerald Butler), a mercê do ataque persa comandado pelo "Deus-Rei" Xerxes (Rodrigo Santoro) leva um pequeno batalhão com apenas 300 soldados para enfrentar uma força descomunal com milhares de soldados.


Historicamente, Esparta era um poço de tranqüilidade e democracia na época. As outras cidades-estado gregas ainda lutavam entre si e com outros povos em busca de território, os espartanos viviam sossegados na península do Peloponeso, com leis e procedimentos diferentes dos outros povos. As mulheres por exemplo, tinham direito a herdar e cuidar de terras e bens de seus falecidos maridos. O treinamento espartano era especial e começa desde criança (como mostrado no filme) e quando adultos os homens tinham longos cabelos que adornavam com flores para batalha.

Eles viviam para as batalhas. Assim, como hoje toda a sociedade cristã vê como salvação a crença em Deus, Jesus e também uma vida casta, a sociedade espartana à época via como “salvação” uma morte digna e gloriosa onde depois seriam lembrados pela eternidade como heróis, conceito visto até hoje e demonstrado nas HQs. Por esse ímpeto e extraordinária habilidade em lutas, entrar para história era o objetivo.














No filme todos esses aspectos sociais de Esparta são dispostos e apresentados. 300 dá ênfase a perícia, coragem e determinação dos combatentes espartanos. Seus aliados são representados como soldados amadores e inúteis. Apesar de suas deficiências históricas 300 é um espetáculo poderoso. Tem o mérito de entreter e de despertar o interesse do espectador para aquela remota batalha em que os destinos da civilização estiveram em jogo.

Notas Polêmicas: O "Deus-Rei" Xerxes cinematográfico ser um gigante devoto da luxúria e cercado de seres infernais e deformados enquanto o Xerxes histórico foi um homem suficientemente capaz para conduzir uma empresa militar sem paradigma em razão de sua grandeza. A Descrição de Xerxes no filme fez o governo do Irã (descendentes dos Persas) proibir sua exibição no país.


Por ação e por Esparta, assista o filme.


Cotação: *****



Ficha técnica:


300

300
EUA, 2007 - 117 min
Ação / Ficção / Épico

Direção: Zack Snyder

Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad, Michael Gordon

Elenco: Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Dominic West, Vincent Regan, Michael Fassbender, Rodrigo Santoro, Andrew Tiernan, Andrew Pleavin, Tyrone Benskin, Marcello Bezina, Clint Carleton.


Site: http://www.300deesparta.com.br/filme.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

"Historicamente, Esparta era um poço de tranqüilidade e democracia na época. As outras cidades-estado gregas ainda lutavam entre si e com outros povos em busca de território, os espartanos viviam sossegados na península do Peloponeso, com leis e procedimentos diferentes dos outros povos."1-Esparta não tinha democracia,e sim autocracia militar ,inclusive considerado como "idiotas " os democratas ,inclusive guerriaram contra Atenas diversas vezes "poço de tranquilidade " esparta vivia em guerras regionais contra Tebas e Atenas ,e eram constantes...